O Grupo Qatar Sports Investments (QSI), liderado por Nasser Al-Khelaïfi, conhecido por sua atuação no Paris Saint-Germain (PSG), está em negociações avançadas para a compra de um grande clube da Série A do Brasileirão.
Esse clube vive em um momento delicado em sua história, com poucas vitórias e correndo sério risco de visitar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. A conversa do grupo Qatar Sports Investments com a diretoria do time está avançada e a compra está avaliada em R$ 2.1 bilhões. Confira mais detalhes na matéria que acaba de sair hoje.
Nasser Al-Khelaifi, o presidente do Paris Saint-Germain (PSG), é conhecido tanto por suas habilidades de liderança quanto por sua riqueza. Em 2017, ele anunciou uma fortuna pessoal estimada entre US$ 70 milhões e US$ 100 milhões.
Atualmente, essa quantia equivale a um valor entre R$ 364,3 milhões e R$ 520,4 milhões. Além disso, Al-Khelaifi é o CEO da Qatar Sports Investments (QSI), um grupo que adquiriu 21,67% do Braga.
Dono do PSG está de olho em grande clube da Série A
Essa movimentação aponta para o Santos Futebol Clube, um time com história rica e uma situação delicada recentemente, lutando para evitar o rebaixamento na série A do Brasileirão. O Santos, que já fez história no cenário internacional, agora deseja por uma parceria que pode trazer transformações significativas para o clube.
As conversas entre os representantes da Qatar Sports Investments e o Santos vêm ocorrendo há mais de quatro meses, com a intenção de explorar uma possível venda que não envolva a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Enquanto o clube brasileiro busca se reinventar e superar seus desafios financeiros e esportivos, a QSI demonstra interesse em expandir seu portfólio de investimentos no cenário futebolístico global. O modelo de negócio ainda está em discussão, uma vez que a regulamentação da FIFA impede a participação de terceiros nos direitos econômicos de jogadores.
Futuro da parceria entre PSG e grande clube brasileiro
A possível parceria entre o PSG e o Santos traz implicações significativas para ambos os clubes. Enquanto o PSG busca estender sua influência para além das fronteiras europeias, o Santos tem a chance de reestruturar suas finanças e investir em sua base de talentos, uma das mais prolíficas do Brasil.
Os torcedores do Peixe se dividem diante da perspectiva de ver a base santista sob gestão estrangeira, com a possibilidade de atletas talentosos trilharem uma carreira internacional ainda mais promissora. A decisão sobre aceitar os termos da proposta da QSI é crucial e definirá o rumo do clube nas próximas décadas.
Essa estratégia do Qatar Sports Investments em relação ao Santos é semelhante à adotada pelo Grupo City, controlador do Manchester City, que busca fortalecer sua presença global. No cenário futebol brasileiro, a QSI já tem controle sobre o Bahia e agora olha para o Santos com olhos ambiciosos.
Em outubro de 2022, a QSI adquiriu 30% do Sporting Braga, time da primeira divisão de Portugal. Em nota divulgada pouco depois, o fundo negou ter qualquer controle sobre o clube e alegou que visa
“apenas o crescimento sustentado do time, inclusive a consolidação do seu estatuto de candidato a todos os títulos do futebol português e de clube de Liga dos Campeões”.
Origem da Riqueza de Al-Khelaifi
A maior parte da riqueza de Al-Khelaifi vem de seu trabalho como presidente do PSG e CEO da QSI. Ele também tem ligações fortes com o governo do Qatar, que é conhecido por seus investimentos substanciais em esportes e outras empresas.
De acordo com a BBC News, a QSI é uma subsidiária da Qatar Investment Authority (QIA). A QIA é um fundo de investimento soberano cujo CEO é o emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, um amigo pessoal de Al-Khelaifi.
Tamim bin Hamad Al Thani não é apenas o chefe de Estado do Qatar. Ele também compartilha o poder executivo com o Conselho de Ministros, que nomeia o primeiro-ministro com base em suas sugestões.