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CRISE FINANCEIRA: Emissora no Brasil quer desistir da transmissão da Libertadores

Emissora no Brasil quer desistir da transmissão da Libertadores. Foto: Reprodução
Emissora no Brasil quer desistir da transmissão da Libertadores. Foto: Reprodução

A Paramount tem enfrentado uma crise financeira significativa nos últimos anos, o que tem levado a empresa a buscar alternativas para reverter essa situação. Segundo balanços divulgados pela própria Paramount, o streaming Paramount+ registrou um prejuízo de S$ 1,6 bilhão (R$ 8,2 bilhões na cotação atual) em 2023. Essas perdas financeiras têm impactado diretamente as operações da empresa, levando ao cancelamento de produções, como o reality show Rio Shore.

Além disso, as ações da empresa negociadas na bolsa de valores dos Estados Unidos acumulam uma queda de 52% em 12 meses e de 73% em três anos. Essa situação tem levado a Paramount a buscar soluções para sanar a crise financeira, sendo uma delas a tentativa de rescindir o contrato de direitos de transmissão da Libertadores e da Copa Sul-Americana para a América Latina.

Paramount no Brasil quer desistir da transmissão da Libertadores

A decisão da Paramount de tentar rescindir o contrato de direitos de transmissão da Libertadores e da Copa Sul-Americana para a América Latina, incluindo o Brasil, se deve ao baixo retorno financeiro que os torneios têm gerado em outros países do continente. Embora os pagamentos para a Conmebol estejam em dia, a arrecadação nos países onde a empresa tem os direitos de mídia aberta tem sido abaixo do esperado, não sendo suficiente para evitar o prejuízo na região.

Diante dessa situação, a Paramount está considerando duas possíveis alternativas. A primeira seria devolver os direitos nos países onde a arrecadação é deficitária, mantendo apenas as propriedades das competições no Brasil e na Argentina. A segunda alternativa, e a mais tentada por executivos da Paramount, é repassar os direitos para terceiros ou até mesmo devolvê-los para a Conmebol, que poderia entregá-los a outro grupo de mídia.

Essa não é a primeira vez que a Conmebol precisa lidar com rescisões unilaterais de contrato por parte de emissoras de televisão. Em 2020, durante a pandemia, a Globo rescindiu o acordo pelos direitos de transmissão da Libertadores de forma unilateral. A emissora fez um acordo em 2021 e pagou uma multa à entidade.

No atual ciclo 2023-2026, a Conmebol também já enfrentou renegociações contratuais. O aplicativo OneFootball, por exemplo, renegociou seu contrato pelos highlights das competições e devolveu os direitos na América do Sul, com exceção do Brasil, como forma de reduzir custos.