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Futebol: Vinícius Júnior vira símbolo contra o racismo

Vinícius Júnior tem lesão constatada e prazo definido para volta aos gramados no Real Madrid. Foto: Reprodução
Vinícius Júnior se posiciona sobre novos ataques no futebol espanhol – Foto: Reprodução

Os episódios de racismo se tornaram constantes no futebol espanhol e dessa vez não foi com brasileiros. Foram três novos casos no último final de semana, mais uma mancha absurda no planeta da bola, que segue sem punições concretas.

Marcos Acuña, jogador do Sevilla, foi chamado de macaco por torcedores do Getafe, O jogo foi paralisado pelo árbitro Javier Iglesias Villanueva por 23 minutos. O treinador do clube, Quique Flores também foi alvo.

Na terceira divisão do Campeonato Espanhol, em jogo entre El Sestao River e Rayo Majadahonda, o goleiro Sarr, do time visitante, também sofreu com os mesmos ataques. Revoltado, ele partiu para cima dos torcedores.

Através de sua conta no X, Vinícius Júnior se posicionou sobre os episódios lamentáveis no país.

“Neste fim de semana nem vou jogar. Mas tivemos três casos desprezíveis de racismo só neste sábado em Espanha. Todo o meu apoio ao Acuña e ao técnico Quique Flores, do Sevilla. Para Sarr e @RMajadahonda que sua bravura inspire outros. Os racistas devem ser expostos e os jogos não podem continuar com eles nas arquibancadas. Só teremos vitória quando os racistas saírem dos estádios direto para a cadeia, lugar que merecem”, disse o brasileiro.

Vinícius Júnior é um símbolo contra o racismo

O brasileiro Vinícius Júnior se tornou um símbolo contra o racismo, inclusive, sofre diversos ataques na Espanha. Recentemente, durante coletiva na Seleção Brasileira, ele falou sobre o tema.

“Acredito que eles têm que falar menos de tudo o que eu faço de errado dentro de campo, é claro que tenho que evoluir, mas tenho 23 anos, é um processo natural, saí muito novo do Brasil, não pude aprender tantas coisas. Tenho 23 anos e sigo estudando. Por que os repórteres da Espanha, que são mais velhos do que eu, não podem estudar e ver o que realmente está acontecendo? Cada vez estou mais triste, cada vez tenho menos vontade de jogar, mas vou seguir lutando“, disse o jogador.

Vini ainda completou falando sobre frustrações. Muitas vezes os racistas são identificados, mas não existem punições concretas.

A falta das punições. Se a gente começar a punir todas essas pessoas que cometem crime e aqui eles não consideram crime, vamos começar a evoluir, tudo vai ficar melhor para todo mundo. Faço tantas denúncias, muitas vezes chegam cartas para fazerem mais denúncias, mas no final acontece como aconteceu com meu amigo em Barcelona, eles arquivam o processo e ninguém sabe de nada. Se a gente começar a punir essas pessoas, não que eles vão mudar o pensamento, mas vão ficar com medo de falar, seja no estádio, onde tem câmeras… e assim vamos diminuir isso, colocar medo naquelas pessoas. E que eles possam também educar seus filhos. Muitas vezes aqui tem criança me xingando e eu não culpo a criança, porque eles não entendem, eu na idade deles não entendia o racismo. É complicado”, finalizou Vinícius Júnior.